Saiu ontem pelo seu próprio pé, e
num ato de dignidade política a que o País já não estava habituado, um dos
melhores Ministros da Administração Interna dos últimos anos. Tivessem outros
tido a mesma nobreza de carácter em circunstâncias mais gravosas e talvez o
País não tivesse chegado onde chegou.
No seu consulado, e apesar das dificuldades económicas e instabilidade social pelas quais o País passou, manteve-se a tendência decrescente dos índices de criminalidade, quando boa
parte dos “especialistas” da praça previa exatamente o oposto, e regista-se o número mais baixo de incêndios nos últimos 25 anos.
É certo que é também no seu
consulado que se verificam os maiores protestos e manifestações de elementos
das Forças e Serviços de Segurança. No entanto, na hora da sua saída, a maioria dos sindicatos e associações socioprofissionais do setor, bem como da área da Proteção Civil, manifestam o apreço pelo seu desempenho e apreensão pelo futuro.
Num caso desta magnitude, resta agora
aguardar pelo desenrolar dos acontecimentos e que a Justiça cumpra o seu dever,
doa a quem doer. Espera-se que o exemplo faça escola para o futuro.
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