É verdade.
É verdade que o ocidente não atuou da melhor forma no médio oriente.
É verdade que a primavera árabe abriu a porta ao fundamentalismo. O que se pensou ser a abertura de ditaduras à democracia, permitiu o fortalecimento de grupos radicais que tiraram partido da fragilidade de estados que nunca tinham vivido em democracia.
Tudo isto é verdade. E agora?
Perante o que passou na líbia com a execução de Egípcios (lê mais aqui), o que se tem passado no Síria e no Iraque com a opressão das populações (lê mais aqui), o que já acontece na Europa com os atentados de Paris e Copenhaga (lê mais aqui e aqui). E agora?
Imagem retirada de twitter de @rConflictNews
Podemos fazer uma extensa análise sobre os culpados, se o ocidente fez bem em apoiar a primavera árabe (onde a ideia principal era acabar com ditaduras). Podemos fazer congressos, chamar analistas para debater, fazer séries de televisão e escrever enciclopédias sobre as causas e erros, há tanto para falar sobre o passado (já escrevi sobre isto aqui).
Mas isto não apaga o que já está a acontecer. E os erros de quem interveio no passado não desresponsabiliza a ação de uma organização, sectária, intolerante e que apenas professa a morte.
O surgimento do Nazismo na Alemanha também é imputado à forma como os alemães foram tratados no Tratado de Versalhes, à crise e à miséria. Mas também à incúria do ocidente que perante os alertas, da Guerra Civil espanhola e à inoperância da Sociedade das Nações, nada fizeram até a guerra ser inevitável. E aí sim resolveram o problema.
Fica aqui o ponto de situação no Iraque e na Síria.
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