Periodicamente ao longo da história deparamo-nos com figuras
e movimentos que representam um retrocesso civilizacional. Movimentos assentes
naquele que é o lado mais negro do Ser Humano, o sectarismo, a intolerância e a
injustiça.
A história do mundo está carregada destes períodos, basta
olhar para o Século XX, Século dos totalitarismos, do Nazismo e das
perseguições étnicas no Ruanda e na Bósnia. Estas três situações em particular
partilharam da mesma inação, do mesmo assobiar para o lado da comunidade
internacional, que optou pelo caminho mais simples, o caminho com menos
contestação interna nos seus países, o caminho que evitava a intervenção, que evitava a guerra, que vendia a alma em troca da paz.
Deu no que deu... Milhões de mortos e três manchas na
evolução humana.
Atualmente, a Europa começa a ter muita dificuldade em
assobiar para o lado. E torna-se cada vez mais difícil esconder este problema global que
se autoproclama como Estado Islâmico.
Para além das questões de segurança (já escrevi sobre isto
aqui e aqui), dos assassinatos e atentados contra inocentes, turistas,
jornalistas e todos o que diferem da sua forma de pensar ou agir
Para além da questão humanitária (lê mais aqui e aqui), dos
deslocados e refugiados que diariamente põe a sua vida e das suas famílias em
risco para fugir para a segurança na Europa...
Para além da ameaça cultural e da destruição de património
mundial (já escrevi sobre isto aqui)
Este é um problema civilizacional que afeta o mundo todo e não será um muro que o irá resolver.
Raramente olhar para o lado faz com que um problema desapareça e a
escolha do caminho mais fácil pouco mais faz do que adiar o inevitável.
Talvez, por isso, hoje valha a pena relembrar a frase que Churchill proferiu em 1938, aquando da
tentativa de viabilização de uma solução pacífica com Hitler, por parte do
então PM do Reino Unido, Chamberlain.
"Foi-vos dada a opção entre a desonra e a guerra. Escolheram a desonra e terão a guerra"
Tens razão!
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