Portugal só vai pagar um terço do previsto ao FMI em 2016. É
fácil verificar que apenas três meses separam as atuais previsões do IGCP das
anteriores. Parece que o Governo mudou e os objetivos igualmente, tanto que se
reduziu os reembolsos ao FMI, passando de 10 mil milhões de euros para apenas
3,3 mil milhões. O resto paga-se lá para a frente quando este Governo não sabe se será sequer Governo. É o que se chama empurrar com a barriga. Olhamos
para a ação deste Governo e parece unicamente obstinado em destruir todo o
trabalho que foi realizado pelo Governo que o antecedeu. Tudo por uma questão meramente
ideológica. E não olha a meios. Desde o fim das taxas moderadoras, à reposição
dos feriados, ao retorno das 35h na FP, à reposição das remunerações dos FP, ao
desafiar de contratos já assinados, como a reversão das concessões nos
transportes, e agora esta dita reestruturação da dívida empurrando para quem vier a seguir o seu pagamento. Desfazer o que foi feito é o mote. Custe o que custar, mesmo que
custe muito e o que não temos para gastar. Estamos a por em causa seriamente a competitividade
da economia e a nossa credibilidade junto dos investidores. Enquanto andarmos entretidos
em eleições presidenciais, Carnaval e Páscoa, a coisa é como um analgésico, o
problema virá mais tarde, quando virmos uns senhores mal-encarados a aterrarem
no Aeroporto de Lisboa, vestidos de preto de pastinha na mão.
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