Mas esta gestão tem um preço e
quem paga, em grande medida, são os lisboetas que vivem na cidade. É importante
perceber e divulgar a dimensão da tributação
que está a ser imposta por Fernando Medina. Em 2016 foram pagos 417,87 milhões
de euros em impostos e taxas. Este foi o preço a pagar
em Lisboa.
A Câmara Municipal tem no seu
Orçamento para este ano a previsão de cobrança de 178 taxas. O mais recente
Anuário Financeiro dos Municípios Portugueses refere que, em Lisboa, a receita
com impostos aumentou 59% à conta de muitas destas 178 taxas. Lisboa e Cascais
foram as duas autarquias que mais aumentaram o peso da carga fiscal segundo o
mesmo Anuário.
Lisboa é hoje uma cidade que faz
pesar sobre os lisboetas as taxas e os impostos que muito têm ajudado a
carreira política de Fernando Medina na capital.
Carreira aliás, iniciada apenas em 2013, ano
em que chegou a Lisboa vindo de Viana do
Castelo (circulo onde foi eleito deputado, mesmo sendo do Porto).
Em Lisboa as taxas que pesam
sobre os lisboetas e que, aparentemente, dão mais receitas são as que incidem
sobre as atividades económicas. Mas existem também novas taxas e a CML criou em
2014 a famosa taxa de proteção civil. Só esta renderá 18,8 milhões de euros de
receita.
Esta é de facto uma das taxas que
mais pesa e que servirá, supostamente, para fazer face aos devaneios eleitorais
de Medina. Esta taxa fica assim bem longe do seu verdadeiro objeto que deveria
ser a garantia da total segurança de pessoas e bens em Lisboa.
Quando muitos falam nas obras e
no enorme estaleiro que é Lisboa esquecem a questão essencial. É bom relembrar
que o transtorno que as obras agora têm causado passará. Mas o peso da carga
fiscal que Fernando Medina impõe hoje aos lisboetas, esse fica e perdurará no
tempo.
O peso que as taxas e taxinhas
têm sobre os Lisboetas não será transformado num jardim verde, nem num passeio
com 20 metros de largura e muito menos numa linda ciclovia muito (pouco) útil
numa cidade de 7 colinas.
Viver hoje em Lisboa é um luxo.
Ter hoje um estabelecimento comercial em Lisboa é um luxo. Promover hoje uma
atividade económica em Lisboa é um luxo. Até a mais modesta atividade como a
venda ambulante ou arrumar os carros na cidade, parece ser um luxo.
Enquanto uns se entretêm com os “sms
de Centeno” e as “offshores de Paulo Núncio”, outros vivem e transportam, todos os dias, a
realidade do peso dos impostos em Lisboa.
As obras
acabam, mas os impostos e taxas ficam.
Sem comentários:
Publicar um comentário