Vivemos tempos obscuros
e imorais. Chegamos ao extremo de gerir a morte como se ela fosse alguma vez
gerida como uma imagem. Estamos no tempo das inaugurações do Estado de Ignorância;
do Estado de Incerteza; do Estado de Incompetência e do Estado de
Irresponsabilidade, em que o respeito pela vida e pela morte se tornaram algo
desprezível. Encontrado o refugio do segredo de justiça, vivemos amordaçados
com a verdade. Chegamos ao “ground zero”
da desfaçatez. As palavras que proferem, essas parecem podres. E como se está a
tornar insuportável o fedor das palavras. E o silêncio que paira sobre belém? Parece
também ele refugiado em segredo de justiça.
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