A história reserva-lhe um lugar de destaque. Por mais deturpada
que a queiram por vezes escrever, ela encarregar-se-á de revelar o papel
extremamente importante que foi desempenhado. Foi apelidado de liberal pelas ideias que
tinha para o país (defensor da iniciativa privada e do papel de intervenção do
Estado liberal na economia e de um Estado empreendedor da livre iniciativa), mas
foi quem, nos últimos anos na política, melhor soube colocar os interesses do
seu país em primeiro. Quem melhor serviço público prestou sem necessidade de
andar amarrado ao credo do Estado. Passos Coelho nunca foi diferente consoante
a época, consoante o tempo político que se impunha. Sempre foi aquilo que é: honesto,
simples, direto e determinado nas suas ideias e convicções. Procurou sempre
salvaguardar o interesse nacional em detrimento de qualquer interesse pessoal
ou de grupo. Foi digno no exercício da sua função Governativa e política. A
liderança de Pedro Passos Coelho merece o devido reconhecimento e admiração.
Foi uma liderança de um homem humilde, honesto, abnegado e determinado. Uma liderança que
conduziu os destinos do país exemplarmente num momento difícil, impondo sacrifícios,
para que hoje se possa vislumbrar a inversão do ciclo económico que assistimos e
que permite, ironicamente, ao atual Governo, a recolha desse dividendo. Como na
vida, soube quando seria o tempo de fechar um ciclo para se abrir outro. E por
isso sai com a mesma humildade com que entrou. Portugal não falhou. E Passos
Coelho também não. Bem-haja.
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